13 DE MAIO, há cerca de 126 anos registrava-se em nosso país a “dita”
ABOLIÇÃO DA ESCRAVATURA. Após mais ou menos 350 anos de escravidão e tráfico
negreiro, que constituiu a essência da economia e da vida nacional, naqueles
tempos, promovendo os acúmulos econômicos e financeiros públicos e privados,
especialmente com o ciclo do café, que coloca o país entre as dez maiores
economias do planeta.
Usei a expressão “dita
abolição”, visto que na distorcida república e democracia brasileiras
concederam a liberdade para os negros com uma mão e os reescravizaram num
apartheid social com a outra. Os negros são a maioria dos pobres e os jovens
negros respondem por 75% das vítimas de homicídios. A discriminação não se
restringe apenas aos que estão em faixas salariais inferiores, pois mesmo os
grandes salários dos jogadores negros de
futebol são impeditivos de
discriminações e agressões raciais dentro e fora dos estàdios. Até mesmo o
baluarte da justiça, Ministro Joaquim Barbosa, é alvo da sanha racista e
discriminatória.
Como mudar o paradigma, sem entender como essa débil e fraca
democracia brasileira se formou, e continua a se reproduzir.
Sugiro começar com a leitura básica do clássico livro de
Sergio Buarque de Holanda - Raízes do Brasil. E que as escolas parem de ficar
apenas fazendo trabalhinhos de colagem enaltecendo a da data, e quase
agradecendo a postura de um Estado que
se omitiu e silenciou sobre o fato.
Mais em fim, a Copa Do Mundo está aí. O que passou , passou;
Bola pra frente “SUCUPIRA”.