ITAIPU.
Mestre CAMBUCI, pescador artesanal, descendente de família tradicional da Praia de ITAIPU. |
Por terra, a uma dúzia de quilômetros bem rodados, a partir da estrada da Cachoeira, e por mar, à direita, a boreste de quem entra na baía de Guanabara, fica a bucólica e pitoresca praia de Itaipu.
O nome "Itaipu" vem do tupi e significa "Barulho da Água da Pedra", através da junção dos termos itá ("pedra"), 'y ("água") e pu ("barulho").
A ocupação humana do bairro é muito antiga: seus primeiros habitantes foram povos pescadores e coletores que deixaram, vestígios de sua presença, um sambaqui( do tupi tamba'kï; literalmente "monte de conchas")
encontrado na região da Duna Grande em Itaipu, considerado o sítio arqueológico mais importante do Brasil.
encontrado na região da Duna Grande em Itaipu, considerado o sítio arqueológico mais importante do Brasil.
A beleza natural de Itaipu tem conseguido ainda se manter, apesar dos impactos da urbanização, que teve sues primeiros raios em 1755
Com a chegada dos portugueses, no século XVI o lugar passou a se destacar na produção de açúcar, cachaça, farinha de mandioca e pescado. Testemunhos dessa época são a Igreja de São Sebastião, a qual foi construída por padres Jesuítas, em uma colina pitoresca, olhando para o mar (concluída em 1716).
Outra construção importante e que hoje abriga o museu arqueológico de Itaipu, foi o recolhimento de Santa Tereza, construído por Manuel Rocha no ano de 1764, se destinava a mulheres desejosas de fazer retiro espiritual para expiação de culpas.
O recolhimento estava ligado à igreja matriz. Erguera-se no local [do recolhimento], antes de 1716, uma capela elevada em 1721 a sede paroquial. Em 17 de junho de 1764, foi inaugurado o Recolhimento de Santa Tereza, recebendo a primeira retirantes, entretanto como era vedado aos bispos aprovar tais exceções, e não podendo o Recolhimento funcionar sem autorização régia, o Bispo Dom José Joaquim Justiniano representou ao Vice-Rei Luís Vasconcelos de Souza e, por intermédio deste, a Rainha D.Maria confirmou a instituição, permitindo-lhe consagrar-se à finalidade para a qual fora criada.
é uma construção sólida de alvenaria e de pedra com molduras de cantaria, foi utilizado como argamassa conchas moídas misturada ao óleo de baleia, que podem ser vista pelos visitantes nas paredes do museu.
A predominância de suas linhas planas, retangular, essencialmente horizontais e, devido à pouca altura do pé direito, e à grande largura dos vãos, dá-lhe um aspecto de calma e solidez. Ao fundo há uma capela ainda coberta, com porta almofadada e ferragens primitivas. Um aspecto pitoresco está no fato de que tal capela fora utilizada como cadeia local.
Outra construção importante e que hoje abriga o museu arqueológico de Itaipu, foi o recolhimento de Santa Tereza, construído por Manuel Rocha no ano de 1764, se destinava a mulheres desejosas de fazer retiro espiritual para expiação de culpas.
Fachada da entrada do antigo Recolhimento. |
O recolhimento estava ligado à igreja matriz. Erguera-se no local [do recolhimento], antes de 1716, uma capela elevada em 1721 a sede paroquial. Em 17 de junho de 1764, foi inaugurado o Recolhimento de Santa Tereza, recebendo a primeira retirantes, entretanto como era vedado aos bispos aprovar tais exceções, e não podendo o Recolhimento funcionar sem autorização régia, o Bispo Dom José Joaquim Justiniano representou ao Vice-Rei Luís Vasconcelos de Souza e, por intermédio deste, a Rainha D.Maria confirmou a instituição, permitindo-lhe consagrar-se à finalidade para a qual fora criada.
é uma construção sólida de alvenaria e de pedra com molduras de cantaria, foi utilizado como argamassa conchas moídas misturada ao óleo de baleia, que podem ser vista pelos visitantes nas paredes do museu.
A predominância de suas linhas planas, retangular, essencialmente horizontais e, devido à pouca altura do pé direito, e à grande largura dos vãos, dá-lhe um aspecto de calma e solidez. Ao fundo há uma capela ainda coberta, com porta almofadada e ferragens primitivas. Um aspecto pitoresco está no fato de que tal capela fora utilizada como cadeia local.
Entre 1890 e 1943, Itaipu pertenceu ao município de São Gonçalo, cidade do Estado do Rio de Janeiro. Passando após esta data a integrar o território do município de Niterói até hoje.. Em 1977, o Museu de Arqueologia de Itaipu passou a funcionar nas instalações do antigo Recolhimento de Santa Tereza.
Itaipu tem várias aptidões a satisfazer aos mais exigentes gostos. É sem dúvida alguma um balneário turístico, sendo a única praia mansa de águas claras, da região oceânica de Niterói (fora da barra da baía de Guanabara), com numerosos restaurantes especializados e frutos do mar e pousadas.
Aos amantes da história, Itaipu é um celeiro de saberes e registros, encontra-se no entorno da Praia de Itaipu a DUNA Grande, também conhecida localmente como Morro da Peça, referência a uma peça de canhão o qual ficava posicionado no cume da Duna apontado para o mar, servindo de defesa aos ataques piratas, frequentes na época. Hoje essa peça de artilharia ornamenta a praça de Itaipu. Essa Duna é na verdade um precioso SAMBAQUI, considerado como o sítio arqueológico mais importante do Brasil, tombado pelo IPHAN, como também o é o Recolhimento de Santa Tereza, hoje Museu Arqueológico de Itaipu.
A laguna de Itaipu é um espetáculo a parte, integrando o seu entorno ao PESET (PARQUE ESTADUAL DA SERRA DA TIRIRICA), área de preservação permanente, do qual faz parte o Morro das Andorinha, majestoso promontório que avança para o mar em direção as ilhas e divide a enseada de Itaipu de enseada e Itacoatiara, e a enseada do Bananal, monumentos naturais, que podem ser visitados, especialmente aos amantes das caminhadas por trilhas.
Aos apaixonados pela pesca, existe um costão rochoso e três ilhas, onde se encontram uma abundância e diversidade de espécies marinha, algo entre 150 e 180 espécies de organismos marinho, comparável aos encontrados no arquipélago da silhas Cagarras, hoje transformado em Monumento Natural.
No canto sul de Itaipu encontra-se a colônia de pescadores Z7, que ainda hoje desenvolve a atividade pesca artesanal tradicional, utilizando canoas centenárias,feitas de um só tronco de árvores. Tal atividade está tombada pelo INEPAC. Até a década de 1970 a intensa pesca da tainha, peixe que ocorria com abundancia em Itapu. Tão importante era esse peixe para a comunidade tradicional de Itaipu, que sua pesca era ritualizada, dando o desenho e a conformação daquela comunidade pesqueira. Hoje não mais existe essa pesca e por conseguinte desapareceu o ritual de sua captura, trazendo profundas mudanças no modo de vida da comunidade que teve de se adaptar a outras formas de pesca.( em outro tópico abordarei como se realizava a pesca da tainha em Itaipu).
Aos amantes da história, Itaipu é um celeiro de saberes e registros, encontra-se no entorno da Praia de Itaipu a DUNA Grande, também conhecida localmente como Morro da Peça, referência a uma peça de canhão o qual ficava posicionado no cume da Duna apontado para o mar, servindo de defesa aos ataques piratas, frequentes na época. Hoje essa peça de artilharia ornamenta a praça de Itaipu. Essa Duna é na verdade um precioso SAMBAQUI, considerado como o sítio arqueológico mais importante do Brasil, tombado pelo IPHAN, como também o é o Recolhimento de Santa Tereza, hoje Museu Arqueológico de Itaipu.
A laguna de Itaipu é um espetáculo a parte, integrando o seu entorno ao PESET (PARQUE ESTADUAL DA SERRA DA TIRIRICA), área de preservação permanente, do qual faz parte o Morro das Andorinha, majestoso promontório que avança para o mar em direção as ilhas e divide a enseada de Itaipu de enseada e Itacoatiara, e a enseada do Bananal, monumentos naturais, que podem ser visitados, especialmente aos amantes das caminhadas por trilhas.
Aos apaixonados pela pesca, existe um costão rochoso e três ilhas, onde se encontram uma abundância e diversidade de espécies marinha, algo entre 150 e 180 espécies de organismos marinho, comparável aos encontrados no arquipélago da silhas Cagarras, hoje transformado em Monumento Natural.
No canto sul de Itaipu encontra-se a colônia de pescadores Z7, que ainda hoje desenvolve a atividade pesca artesanal tradicional, utilizando canoas centenárias,feitas de um só tronco de árvores. Tal atividade está tombada pelo INEPAC. Até a década de 1970 a intensa pesca da tainha, peixe que ocorria com abundancia em Itapu. Tão importante era esse peixe para a comunidade tradicional de Itaipu, que sua pesca era ritualizada, dando o desenho e a conformação daquela comunidade pesqueira. Hoje não mais existe essa pesca e por conseguinte desapareceu o ritual de sua captura, trazendo profundas mudanças no modo de vida da comunidade que teve de se adaptar a outras formas de pesca.( em outro tópico abordarei como se realizava a pesca da tainha em Itaipu).
Canoa de arrastão de praia do mestre Natalino. Arquivo de Ricardo Pinto. |
As canoas, eram feitas de um só tronco de madeira, em geral com o CEDRO, madeira n obre, resistente e ao mesmo tempo leve.
A Orla.
A Orla da praia de Itaipu se constitui de uma linda enseada de águas claras e calmas, está localizada no 2º distrito do município de Niterói. Tem um comprimento de 3,5 Km no eixo leste-oeste no litoral sudoeste do Estado do Rio de Janeiro e segundo a carta náutica nº1501 do DHN/Min.Mar tem como coordenadas 43°22’48” de Longitude Oeste e 22°53’14” de Longitude Sul.
A praia é limitada por duas majestosas formações rochosas, no canto Sul pelo magnífico Morro das Andorinha, formação basáltica a qual avança para o mar e, onde termina o Morro das Andorinha se iniciam as três ilhas existentes em Itaipu; denominadas de Ilha da Filha ou das pimentas; Ilha da Mãe ou ilha do meio e a Ilha do Pai, ou os Paios; Ao avançar para o mar o Morro das Andorinhas cria uma proteção natural um”embate”para a enseada , tornando as águas abrigas, secularmente utilizada como abrigo de embarcações, este local é denominado como “Canto do Prato”.
Do lado oposto, após descrever uma suave curvatura, há outra formação rochosa, a ponta da Galheta, também conhecido como “Canto do Ponte”, a qual separa a pria de Itaipu da praia de Piratininga. Com o encalhe do navio "CAMBOINHAS", e de tanto as pessoas daquela época falarem do encalhe, essa parte da praia de ITAIPU passou a se chamar CAMBOINHAS.
A praia do sossego, está em processo para reivindicar o status de praia com selo Azul.
cujo testemunho de sua existência é o sítio arqueológico da Duna Grande (sambaqui),
desenvolveu-se uma comunidade tradicional de pescadores que sobrevive até os dias de hoje, com suas práticas, petrechos como as canoas de um só tronco as redes de arrastão e seu modo de vida, o qual muito contribuiu para preservação da região, preservação tanto cultural, como ambiental. É uma riqueza de (... cont.)
Fonte:
Ricardo Pinto.
Bom dia, queria saber a fonte de onde tirou as fotos antigas?
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