quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Mocinho ou Bandido?



O PANGA como é chamado comercialmente, originário sobretudo do Vietname, está envolto em muita polémica.

                                      
                                        Afinal, é ou não prejudicial à saúde? 


"Desmistificando a origem do peixe Panga


Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o brasileiro consome, por ano, cerca de 7kg de peixe, sendo que a recomendação é de 12kg. Esse cenário pode ser atribuído, entre outros fatores, ao custo elevado do pescado no Brasil.

Nesse contexto, iniciou-se, em 2009, a importação do peixe Panga, uma opção de excelente custo-benefício (25% mais barato que outras espécies, como a Merluza) ao consumidor, que ocasionou a forte aceitação do produto no mercado. Porém, o Panga começou a sofrer retaliações e a ser alvo de falsas atribuições com relação à sua origem, principalmente na internet, o que vem dificultando a sua consolidação no Brasil.

O Panga é cultivado há mais de mil anos no Rio Mekong, no Vietnã, um dos maiores rios do mundo, localizado no sudeste asiático. Há muitos anos, é exportado para diversas nações, entre elas os Estados Unidos, todos os países da Comunidade Européia, Japão, Rússia, Austrália, entre outros. Só este fato bastaria para atestar sua qualidade e segurança para o consumidor. Ainda assim, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) do Brasil realizou uma série de análises nesta espécie, com o objetivo de confirmar a alta qualidade do produto, que foi aprovado sem restrições.

O Panga tem as características que o consumidor brasileiro sempre desejou em um peixe: tem textura firme, cor branca, sabor suave e sem espinhas. É muito versátil, permite vários tipos de preparos (grelhado, frito, assado e ensopado) e possui um ótimo custo-benefício, por conta das técnicas avançadas de criação e processamento utilizadas pelo Vietnã. Além disso, destaca-se a praticidade do peixe congelado, comercializado limpo e em filés.

Desmistificar a origem do Panga pode ser um passo importante para atingir o consumo per capita de pescado indicado pela OMS. Sendo assim, gostaríamos de propor uma pauta que abordasse as qualidades desse peixe, bem como seu fácil preparo e sugestões de receitas.

A Leardini Pescados, um dos maiores fornecedores de pescado do Brasil, foi a primeira empresa a importar o peixe Panga. As informações são de assessoria de imprensa."


Fonte: Agrolink
 


PANGA.


                 Panga cai na desconfiança.


 Tribuna da Bahia online.
Thiago Pereira   REPÓRTER

"O peixe Panga, importado principalmente do Vietnã, invadiu o mercado nacional e se tornou uma das melhores opções para quem busca economia nas compras mensais. Com preço entre R$10 e R$12, o pescado é aproximadamente 50% mais barato que espécies produzidas no Brasil, como a tilápia, que custa cerca de R$20 nas gôndolas dos supermercados. A fama que conquistou pelos baixos preços, no entanto, provocou também a desconfiança de muita gente.

Inspiradas no ditado “quando a esmola é demais, o santo desconfia”, várias pessoas questionaram pela internet a origem e o modo de produção do pescado, apoiados, principalmente, no boato de que o Panga é um peixe contaminado com metais pesados, bactérias, vermes e até mesmo substâncias venenosas encontradas em produtos como pesticidas, dado ao histórico de poluição do Rio Mekong, que serve de viveiro para a espécie. A história, no entanto, é desmentida pelo assessor técnico da Bahia Pesca, Eduardo Rodrigues.

“O Panga, também conhecido como peixe-gato, é um peixe exótico, uma espécie de bagre de alto rendimento. Ele tem baixos preços por conta da mão de obra barata dos locais onde é produzido, principalmente no Vietnã, e por causa de sua alta produção. A espécie chega a engordar 3kg por ano. Por ele ser tão barato, está se criando uma polêmica muito grande.

O Ministério da Agricultura já teve restrições com ele por causa do preço que era vendido, por isso surgiu essa série de boatos. No entanto, a maior prova de que ele está apto para o consumo é que a União Europeia aprovou sua venda. Fizeram uma inspeção diretamente no Rio Mekong e comprovaram que o produto não é contaminado e que poderia ser comercializado normalmente pelo mercado europeu”.

Conforme Rodrigues, o Ministério da Agricultura realiza testes recorrentes em pescados importados, o que inviabiliza o comércio de produtos contaminados nas grandes redes de supermercado do Brasil.

“Se houvesse realmente essa ocorrência de um Panga com vermes, bactérias ou veneno, o erro estaria também na fiscalização, que não averiguou o lote corretamente. Mas acho que esse peixe é na verdade alvo de uma grande guerra comercial. Ele chega ao mercado brasileiro com um preço menor do que os produtos internos, o que provoca um dumping.

O que poderia diminuir esse impacto para os produtores internos é a diminuição da carga tributária sobre o peixe produzido em território nacional, assim como a redução do custo dos insumos”, afirmou.

Em nota, a Walmart, grupo proprietário da rede de supermercados Bompreço, um dos locais onde o Panga é vendido na Bahia, afirmou que o peixe comercializado passa por rigorosos testes, inviabilizando a venda de produtos contaminados.

“O peixe Panga comercializado nas lojas do Bompreço é originário do Vietnã e os fornecedores que entregam esse produto para as lojas possuem todas as certificações necessárias, incluindo as solicitadas pela Vigilância Sanitária. O Bompreço reitera que possui altos e rigorosos padrões operacionais que são seguidos por todas as unidades e também pelos seus fornecedores, de forma a garantir a qualidade de todo os itens colocados à venda para o consumidor”.

Características - O Panga é um peixe de carne branca, textura firme e sabor suave. Ele é vendido no Brasil em filés congelados sem espinhas e pele. A espécie é cultivada há mais de mil anos no Rio Mekong, no Vietnã, um dos maiores rios do mundo, localizado no sudeste asiático. Há muitos anos, é exportado para mais de 240 nações, entre elas os Estados Unidos, todos os países da Comunidade Europeia, Japão, Rússia, Austrália, entre outros. O Ministério da Agricultura brasileiro também realizou uma série de análises no pescado, com o objetivo de confirmar a qualidade do produto, que foi aprovado sem restrições.

Além de barato, o peixe é muito versátil, já que permite vários tipos de preparos (grelhado, frito, assado e ensopado). O Panga é visto ainda como uma oportunidade para que pessoas de baixa renda em várias partes do mundo cumpram a orientação da Organização Mundial de Saúde (OMS), que recomenda o
consumo de 12kg de pescado no ano. No Brasil, a média de consumo de peixe é de 7 kg a cada 365 dias."

Publicada: 03/11/2011 07:14
Atualizada: 03/11/2011 07:13"


Fonte: Tribuna da Bahia online.














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